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Referências Bibliográficas: fevereiro 2023

internet3t.substack.com

Referências Bibliográficas: fevereiro 2023

tudo que vi, li e ouvi esse mês + algumas colagens

Clara Browne
Feb 28
5
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🛸 olá, internautas! 🛸

bem-vindes à primeira edição paga dessa newsletter! todo mês virei aqui contar um pouco mais das coisas que têm me feito pensar ou parar de pensar que podem ou não ter a ver com a internet, mas que certamente povoam minha cabecinha. livros, músicas, podcasts, filmes, séries, imagens e links… tudo comentado. também colocarei algumas colagens que fiz brincando. tudo bem descontraído.

se esses tipo de coisa te interessa, você pode mudar sua inscrição para a versão paga! são só 10 reais ao mês e, se você fizer a assinatura anual, ganha um mês de desconto!

é claro que contribuir financeiramente ajuda muito porque vivemos numa sociedade capitalista, mas antes disso a gente vive em uma sociedade. então, caso você não tenha como pagar, você pode me ajudar compartilhando a newsletter com sus amigues, colegas e família. vamos expandir nossa comunidade!

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obrigada por tudo, amis <3

estética joguinho de videogame meio cagado, meio borrado. um posto de gasolina com chão de água. encaixando na água, um quadradinho colado digitalmente com uma fada de costas olhando um lago, numa estética bem pixelada.
a ella le gusta la gasolina tbt; colagem minha

livros

Os Anos; Annie Ernaux

não tinha a menor vontade de ler anninha até que minha amiga anna vitória me ligou e disse que pensou em mim durante toda a leitura: “são os nossos temas, amiga”. comprei o livro e comecei a ler imediatamente. e, assim, realmente… a confusão do que é você mesma e o que é História, a sensação confusa de viver algo muito maior do que você, se ver como um Nós… 100% meu tema. mas achei que anninha ernaux errou a mão.

se fosse uma newsletter, teria sido excelente, mas como romance foi péssimo. a escolha da narração – um Nós geracional e uma Ela distanciada de si mesma – não se sustenta ao longo do livro, sem contar que muitas coisas se repetem. tem coisas interessantes e acho que a própria annie ernaux reconhece no final que ela não consegue fazer exatamente o que ela queria, mas não é o suficiente pra compensar a chatice do meio pro fim do livro.

fico me perguntando qual foi o problema. falta de um editor pra cortar as repetições e os exemplos que se estendem demais, definitivamente. talvez se ela tivesse parado nos anos 80 em vez de insistir em chegar aos anos 2000. no final, nem ela mais tava gostando de escrever a história. faltou também um reconhecimento que aquele Nós que vai diminuindo tanto ao longo do livro. sei lá, no fim só parecia uma véia chata reclamona. terminei o livro cheia de raiva e querendo ganhar um nobel da literatura só pra recusar o prêmio, porque imagina que desgosto estar no mesmo lugar que essa chata!! mas isso meio que já é a história do filme cidadão ilustre.

o bom de ler esse livro é que me fez considerar muitas coisas que já considero na minha própria escrita. há anos escrevo um romance que tem uma pegada suficientemente parecida e minhas dúvidas com o livro são exatamente as coisas que acho que a annie errou em os anos. não quero me estender muito sobre o assunto, porque temos muito do que falar esse mês, mas a parte positiva foi a de saber que tô na direção certa quanto ao que não fazer. e agora tenho mais uma Opinião Forte sobre coisas que as pessoas amam pra minha coleção Opiniosa.

um trecho aleatório que grifei: “O mês de maio se tornara uma maneira de classificar os indivíduos, ao encontrar alguém era normal nos perguntarmos de qual lado a pessoa tinha ficado durante os acontecimentos. De um ou de outro, a violência era a mesma, ninguém perdoava nada.”

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