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Os Melhores de 2022
o melhor das playlists, memes, podcasts, cursed images, newsletters, @ e palavras bloqueadas no tuíter
🛸 olá, internautas! 🛸
na edição passada, me juntei à tradição internauta de fim de ano e falei dos melhores filmes, séries, livros e álbuns que vi, li e ouvi esse ano. hoje, continuaremos com a maravilhosa tradição de fim de ano, mas agora com coisas que só dá pra ter acesso via internet. afinal, esta é e será uma newsletter temática. quer me ver brisando sobre outras coisas, se inscreva na minha outra newsletter, Só quem é clarividante pode ver.
Playlists
ok. a grande maioria das playlists são minhas. eu sou muito boa de playlists. me segue no spotify. fique por dentro do meu cérebro!
existem dois tipos de swifties: aqueles que reconhecem que reputation é uma obra prima e os burros. essa playlist é para o segundo tipo virar o primeiro.
quando midnights saiu, logo percebi que quase todas as músicas eram uma repetição de temas e mesmo metáforas de reputation. daí, em vez de ficar com isso na cabeça pra sempre, decidi gastar 3h da minha vida e fazer uma playlist que comprova que praticamente todas as músicas que a taylor lançou pós reputation são apenas reputation piorado. ouça na ordem.
gostoso.
um dia eu tava lá na casa dos meus pais no mato e um grupo de jovens obviamente precisando Processar Algo começou a torar Have You Ever Seen The Rain. isso me deu um horripilante flashback da sala de aula de inglês com uma folha na minha frente pra “fill the brackets". portanto, fiz o que qualquer pessoa faria ao rememorar algo horrível: uma playlist com todas as músicas que professoras de inglês passavam em aula durante os anos 2000. não tem coldplay porque eu me amo. ouça na ordem.
fiz essa playlist no começo da pandemia depois do dia que cogitei sair no soco com um homem sem máscara no mercado. eu precisava me acalmar.
o conceito dessa playlist é músicas calmas que não são tristes. pois sou contra o culto à tristeza. dei uma mudada nela ao longo do tempo, porque quem é que aguenta watermelon sugar a essa altura do campeonato, né. apesar de que mantenho a opinião de que é um crime não ter o cover da hwasa no spotify.
dito isso, a playlist serve ao seu propósito: minha senhora eu sempre se acalma. ouça em qualquer ordem.
Saylor Twify (Clara's Version)
como falei na edição anterior, esse foi um ano difícil. e tudo que consegui ouvir foi taylor swift. então em vez de ficar catando os álbuns dela e pulando as cringe, fiz uma playlist pra me poupar. não recomendo. ouça em qualquer ordem.
fumante social dando um tempo no mato
ah, minha obra prima.
como tenho comentado bastante por aí, esse ano tive uma crise estética mt grande que influenciou muito no meu gosto e hábito de ouvir música. no meio dessa crise, eu e anna vitória decidimos tentar fazer uma playlist uma pra outra e o tema que ela me deu foi “fumante social chique”. então, misturei jazz, mpb e hip hop para uma sonzera – a qual foi aprovada pela av e seu namorado bruno capelas. minha mãe, por sua vez, ouviu essa playlist, adorou e pediu para que eu fizesse uma na mesma vibe pra ela, que se chamou “vendo a floresta”. depois de uns meses ouvindo apenas essas duas playlists (e taylor swift), decidi juntar as duas nessa belezura. foi basicamente o que ouvi o ano inteiro. e não é por nada não, mas tá mt mt mt foda. ouça na ordem.
Memes
esse ano tivemos bons momentos com a chuu, o bolsonarista levado pelo caminhão, a morte de beth da inglaterra e a princesa diana reencarnada no jungkook do bts. também tivemos maus momentos com o governo bolsonaro, o estresse do período eleitoral e mais um ano sem o hexa. memes vieram, memes passaram. aqui estão alguns queridos em meu coração.
Que tistreza/ Que areglia
agora que o lula ganhou posso dizer em paz que fui muito aregle nessas eleições. é o país lefiz de novo!
Correspondente da Choquei
sempre um prazer vivenciar loucuras acontecendo.
Yeah, I'm into NFTs
perdi a conta de quantas vezes tive que explicar nft pros outros
Açougue da Epistemologia
eu gosto especialmente que ela está em uma loja de roupas
Foucault e Judith Butler
são Eles!!!!!
I won't announce my descent into madness, but there will be signs.
it's me, hi
Podcasts
todos escutados pela apple podcast, velocidade 1.5x. as pessoas precisam começar a falar mais rápido!!! a maioria é em inglês porque tenho dificuldade com a maioria dos formatos e edições de podcasts brasileiros. sem contar que acho tudo básico e fico irritada. todas as indicações estão em qualquer app para podcasts.
Mortified
adultos lendo seus diários de adolescência. ai, ai, nada como rir de si mesme!
One Year: 1942
a proposta do one year é olhar pra acontecimentos que aconteceram em um ano específico do passado que muitas vezes não conhecemos mas que tem relação com o momento presente que vivemos. é um podcast que escutava fazia um tempo (gostei mt da primeira temporada, sobre 1977) mas tinha largado mão na temporada passada, de 1986, porque tava estadunidense demais da conta pra mim, por mais que sempre soube que a proposta era falar sobre os eua (porque estadunidense não entende que existe mundo pra além daquela terrinha mixuruca!). a temporada sobre 1942 é ainda mais estadunidense em certo sentido, porque se passa na época da guerra, mas o episódio sobre greve sindical dos músicos me pegou demais e daí maratonei a temporada. não vou dizer que amei, mas consigo lembrar de várias histórias, o que já mostra que foi bom.
Foro de Teresina
sejamos honestas: o foro de teresina deu uma bela duma caída com a mudança da malu gaspar (péssima) pra thais bilenky (não fede nem cheira). mas persisti nem tão firme e nem tão forte pelo Opa do Toledo e agora tá começando a valer a pena. a thais tá finalmente começando a se soltar e a dinâmica dos três apresentadores tem ficado mais divertida ao longo do tempo.
as análises políticas são ok. me lembram um pouco minha aula de ÉTICA E CIDADANIA (kkkkkk esse nome) do colégio que tinha gente que achava que era de esquerda mas quando você conhece uma pessoa de esquerda de vdd vddra você sabe que alguém que acredita na onu é pelego. mas é um podcast com humor e nada é melhor do que dar risada. meus momentos preferidos são, em ordem: 1. fernando de barros e silva imitando mal políticos de direita; 2. toledo piadista; 3. toledo puto; 4. fernando e toledo desconfortáveis com mulheres xavecando eles através do e-mail institucional; 5. quando a thais canta mt mal e depois fala que canta no programa porque os filhos dela a proibiram de cantar em casa kkkkk
Office Ladies
uma coisa importante sobre mim é que eu não gosto de the office. acho ruim. piadas ruins, ambiente deprê, personagens sem graça. não gosto. digo isso tranquila porque vi 7 temporadas da série quando tava em um momento pesado da ansiedade, e eu só vi 7 temporadas exatamente porque não me fazia sentir nada. porque é ruim.
mas uma coisa mais importante ainda sobre mim é que eu amo muito ouvir/ ver/ presenciar amigos sendo mt amigos. nada me diverte mais do que boas amizades e a dinâmica da angela e da jenna é tudo pra mim. eu amo o CAOS da angela, me identifico profundamente. e amo a jenna dizendo amiga você está louca quando ela mesma é claramente pirada. tipo, nada melhor do que o episódio que a angela subiu em cima da mesa e dançou e a jenna só disse amiga isso é um podcast ninguém tá te vendo. e é por isso que eu fico. elas me lembram a dinâmica que tenho com algumas das minhas melhores amigas e isso dá um quentinho no coração bom demais. também tem o fato de que elas são muito estruturadas e eu amo um podcast que consegue ser estruturado ao mesmo tempo que casual. nenhum outro podcast de rewatch com atores é tão bem-feito quanto o delas. thank you, ladies.
Authentic: The Story of Tablo
em algum momento da pandemia virei pra minha amiga e falei po vi um dorama mt louco e daí ela falou po é tipo aquele episódio do tablo e eu falei de quem e ela falou amiga você vai amar e foi assim que conheci o tablo e, por extensão, a banda coreana de hip hop epik high. o epik high é o responsável por uma das minhas músicas preferidas atualmente, chamada PEOPLE SCARE ME, assim mesmo em caps, o que acho mt engraçado. meu professor de hip hop chamou de “épica” sem se ligar com o nome da banda e pior que acho que é mesmo uma excelente descrição da sonoridade dessa música. escutem. tá na playlist fumante social dando um tempo no mato.
durante a pandemia, o the tablo podcast foi meu podcast preferido. eu gostava exatamente porque não tinha a menor coerência e era só o tablo falando merda de alta qualidade. e o lance é que é muito difícil encontrar um podcast bom que é um cara falando merda no freestyle. mas o tablo conseguia. daí ele entrou numa crise que respeito muito que é a crise do Mas Pq Eu Tô Fazendo Isso e o podcast acabou. realmente, uma pena.
eis então que esse ano aparece este podcast, produzido por estadunidenses. eu nem sabia que um estadunidense sabia que existiam outros países, quem dirá um país que não fala inglês! enfim. o podcast é desses reportagem-narrativa que conta sobre um escândalo que rolou com o tablo e que foi muito definidor pra carreira dele mas que é também emblemático pra toda nossa era como um todo.
basicamente, o que rolou é que o tablo foi vítima de fake news lá nos idos anos de 2009 que começou em um fórum on-line com conspiracionistas que diziam que ele mentia onde ele tinha feito faculdade e cresceu tanto que virou investigação policial nacional. a treta é grande. mas é também um caso muito emblemático de como o sistema capitalista fode com a cabeça de todo mundo. não quero contar aqui todos os pormenores da história, mas vale muito a pena escutar porque é mesmo muito louco como a dimensão do caso vai escalando, sem contar que a estrutura narrativa do podcast é muito boa.
essa foi a primeira vez que o tablo se pronunciou quanto à história inteira depois de muitos anos e, pra ser honesta, eu nem sabia de nada, mas ouvi-lo falar foi muito emocionante (chorei pacas quando ele fala da morte do pai no meio dessa confusão toda). também achei que o apresentador e os produtores foram muitos generosos com todas as partes envolvidas e muito cuidadosa com o tablo, que foi a grande vítima disso tudo.
foi um podcast que maratonei, amei e que me fez refletir muito sobre as dinâmicas sociais no capitalismo digital, que é um dos meus assuntos preferidos, pois sou nerd.
Cool People Who Did Cool Stuff
sabe o que é foda? gente que se opõe a governos opressores (quiçá uma redundância). sabe quem concorda com isso? a margaret killjoy, apresentadora do cool people who did cool stuff e mulher maravilhosa que escolheu se chamar killjoy, o que é mt engraçado da parte dela. enfim. ela é uma escritora anarquista anti-capitalista trans que passou por poucas e boas e gosta muito de pessoas que explodem bombas e fogem da prisão. o podcast é ela sentando com algume amigue pra contar histórias de rebeldes ao longo da história que se opuseram a sistemas opressores de alguma maneira. tem niilistas assassinos de czares, pessoas não-binárias que começaram cultos poliamorosos, gays anti-coloniais, mulheres anarquistas assassinas de imperadores, pessoas presas por darem comidas aos pobres, trabalhadores sindicalizados e muitos judeus matando nazistas.
também é um podcast que não foca apenas em histórias estadunidenses. tem rebeldes do mundo todo – Europa, Ásia, África, Américas e Oceania. tem até ex integrante do pcc que fugiu da cadeia!! a margaret tem muita consciência de que ela é estadunidense e que a mentalidade estadunidense é complicada, o que parece pouco mas na verdade é muito vindo de estadunidense. então é mesmo gostoso de escutá-la contando as histórias, sem contar que ela é bem cuidadosa tanto na pesquisa quanto na maneira com que ela narra os acontecimentos. também é muito divertido ouvir a produtora dela, a sophie, dando risada de piadas sem graça.
Podcrushed
eu queria não ter que falar do dan humphrey, mas a gente vai ter que falar do dan humphrey.
o podcast é o penn badgley (aka dan humphrey e joe do you, que é literalmente o dan humphrey pós gg) e suas duas bffs, sophie ansari e nava kavelin, entrevistando famosos sobre como foi o ensino fundamental deles. eu amo amo amo esse podcast por muitos motivos. o primeiro é que a sophie e a nava são muito fofas e engraças e tratam o penn exatamente como ele deve ser tratado: fazendo bullying com carinho. elas sempre esquecem que ele é famoso e o obrigaram a ver o curta de All Too Well 10’ version, o que é o jeito certo de lidar com o penn. os convidados, em geral, são ótimos e é bom demais ouvir as memórias de ensino fundamental, porque é quando todos nós estávamos derrotados mesmo.
também gosto MUITO de ouvir o penn falando. ele é um cara que obviamente fez e faz muita terapia e pensa muito sobre questões relacionadas a masculinidade, autoimagem e dinâmicas de pressão social – coisas que ele trata muito abertamente no podcast e que permite conversas muito honestas e sensíveis. é muito interessante ouvi-lo falar sobre o processo emocional de lidar com a fama e com o Tipo de personagem que ele costuma ser escalado pra fazer. ele também claramente conversa disso fora dos microfones com a sophie e a nava e os três conseguem trazer essas conversas de um jeito muito bacana pros ouvintes.
tem episódios mais pesados, outros mais leves, tudo depende da vivência de escola do convidado da vez. mas até agora ouvi todos os episódios e só não gostei do com a amy schumer, pois odeio a amy schumer. ao mesmo tempo, foi muito louco saber que a esposa do penn foi a doula do parto dela.
os eps sempre têm uma história de derrota do ensino fundamental que os ouvintes enviam e todas têm a maravilhosa energia do mortified. o penn que lê as histórias e puts não é que o menino tem talento?
The Content Mines
meus melhores amigos virtuais. não confirmo nem nego que sou investida na vida pessoal de ambos. na minha imaginação, tomamos altos gorós pelos bares do mundo. lowkey tive crush na voz do luke na época do casamento dele, mas passou. eu tinha que estar aqui falando sobre o podcast né? então tá. um estadunidense caótico e um inglês entram num bar e discutem coisas que estão acontecendo na internet. o estadunidense (ryan) ri de tudo. o inglês (luke) suspira cansado. a dinâmica deles é perfeita, é inclusive o modelo d’A Dinâmica. sem contar que nada no mundo é melhor do que ouvir gente rindo (obrigada por tudo, ryan).
as análises deles são bem interessantes e o podcast balanceia muito bem a bagunça da internet e as coisas sérias da internet. ajuda muito que eles não se levam a sério. eu queria muito que os dois entrassem no grupo de leitura do simondon que eu medio. acho que ia fazer bem pra todo mundo. o único podcast que escuto no 1.1/4x
Cursed Images
um dia eu salvei uma foto de um rato de vestido no pinterest e tudo desandou a partir daí. para mais conteúdos de alta baixa qualidade, sigam @ch4oticcurs3d no instagram (sou eu! no meu pior!) e minha querida pasta do pinterest AH NÃO.
sapolíngua
tem muito sapo transformado em coisas internet a fora, coisa de sapossexual. mas acho que esse aqui é o que mais me perturba. não só o conceito é demoníaco mas a imagem tem uma boa definição, o que contraria tudo sobre cursed images, deixando-a ainda pior.
go vegan
pq deus???
grávida de gema
eu gosto muito quando começam a falar de legalização de aborto na internet.
o pé só de dedão
imagina fazer uma francesinha nessas unha.
o pé de galinha com unha feita pedido em casamento
love is love.
o peru cru tatuado
não me perguntem como cheguei aqui.
sexy taxidermied rat underwear
esse aqui mandei até pra minha orientadora. não sei qual a minha parte preferida: o símbolo da channel, os dentinhos do rato ou as patinhas que viram lacinho.
Agora, vamos à pergunta que importa!!
Newsletters
eu leio muita newsletter. de verdade. leria mais inclusive. amo. essas aqui são as que eu abro assim que chegam na minha caixinha de e-mail e depois releio com calma na hora do chá da tarde pois não tomo café.
nada como uma virginiana com muitas opiniões!!!!! poderia estar falando de mim, mas estou falando da isa sinay, uma pessoa que, como eu, tem como personalidade estar sempre certa. e sabe o que é uma delícia? ler gente que está sempre certa.
Doses de Tiquira; Luisa Pinheiro
a luisa é uma dessas amigas que ficaram amigas porque a bolha tuíto-newsletteira é um ovo, e nesse caso fiquei muito contente com isso, porque a @luhsmile é dez. doses de tiquira é onde ela publica crônicas sobre a vida dela.
dentre os assuntos recorrentes, suas leituras aparecem muito - o que gosto bastante porque temos gostos muito diferentes. a cidade, qualquer que seja - são luís, curitiba, são paulo, rio, paraty etc. - também vira assunto com frequência. como é no caso de boas newsletters pessoais, gosto muito de acompanhar a vida da lu através da sua escrita e acho mt curioso ver como a luisa foi afinando seu gosto ao longo do seu processo de autodescoberta.
Na Hora do Almoço; Luisa Plastino
a lu é minha amiga desde a escola e isso pode soar levemente nepobaby mas não é. na hora do almoço é uma newsletter em que a luisa dá dicas de onde comer em são paulo. ainda tá no começo. cada edição vem com um tema pra seleção e ela sempre conta um pouquinho da experiência dela e considera cardápio, preço, atendimento, localização etc. como alguém que nunca sabe onde comer em são paulo, guardo todas as indicações da lu e digo com tranquilidade que ela sempre acerta. e, pra não ficar só na minha opinião (apesar de isso ser uma newsletter meio que pra isso), uma amiga minha do rio veio pra sp e também seguiu as dicas da lu e disse que comeu muito bem e que sempre confia nas recomendações dela!
a escrita da luisa é direta e divertida, é como crítica culinária devia ser mas muitas vezes não é. como amiga dela, sei o quanto que a lu ama comida, acompanho todos os cursos de culinária que ela faz e amo quando ela cozinha pra mim. também amo experimentar restaurantes com ela. é um rolê que sempre sei que vou sair com a barriga quentinha de comer bem e rir bastante. sigam lá e dêem força pra ela continuar.
Embedded; Kate Lindsay e Nick Catucci
eu gosto de internet. mas eu gosto principalmente da entrevista do my internet com a molly soda, que é uma das fotógrafas que estudo no meu mestrado.
até falaria mais sobre o assunto, mas esse não é o momento, então fica aqui esse post em que mencionei o assunto.
eu poderia escrever uma carta de amor à anna vitória, mas a real é que professo meu amor por ela todos os dias. então tudo que vou dizer é que ler, conhecer e ser amiga da av mudou a minha vida. eu não seria quem sou hoje se não fosse por ela. anna vitória é uma das minhas melhores amigas, minha parceira intelectual, a pessoa que estará comigo fumando na porta do velório das pessoas que a gente conhece. ler as coisas dela é ler minhas coisas. ler as minhas coisas e ler as coisas dela.
o ryan é um desses gringos que, tal lévi-strauss, Veio Pro Brasil e Surtou e, por isso, eu já gosto muito dele. além disso, ele é um jornalista que sempre quis falar de internet mas acabou passando anos vendo como a internet destruiu todas as democracias do mundo, então a cabeça dele tá no lugar certo, sabe? a garbage é meio que um grande bolsão de coisas que aconteceram na internet naquela semana e é sempre muito bom e engraçado porque a internet é maluca e dá pra sentir na escrita frenética do ryan o quanto ele genuinamente se diverte com a bagunça da vida on-line.
também fico mt contente de dizer que fui citada numa das edições desse ano porque mandei um tiktok da conta oficial do lula tocando loona. é bom demais ser brasileira.
Só quem é clarividente pode ver; Clara Browne
sim, eu me coloquei em primeiro lugar dessa lista. eu sou ótima e escrevo bem pra cacete. essa newsletter é meu bem mais precioso. tire um tempo e vá ler você também. aproveita e assina caso nunca tenha feito isso.
@ do instagram
eu gosto de ver imagens mesmo quando eu não gosto do feio do zuckeberg. eu também tenho certas regras que deixam o instagram mais palatável. elas são:
1. não sigo gente que posta foto sem ter pensado o mínimo de estética;
2. se pega mal não seguir uma pessoa que posta coisa feia, sigo mas silencio as postagens e stories;
3. não sigo influencer;
4. evito seguir famosos milionários;
5. devo ter mais seguidores do que contas que sigo
e é por isso que abrir o instagram nunca me deixa mal ou triste ou com problemas de autoestima. #autocuidado
de qualquer forma, ainda sigo bastante coisa e essas aqui são algumas das minhas preferidas do ano.
clássico contemporâneo. arquivo melhor que o do instituto de estudos brasileiros. rende pesquisa sobre brasilidades.
esse aqui apareceu numa das rodadas do DESCUBRA do instagram. sempre acho incrível quando descubro coisas legais de vdd. gosto mt que o artista diz que faz PINTURAS AUSPICIOSAS, me lembra mt minha mãe, que é a única pessoa que conheço que usa esse adjetivo. mas também acho que é o adjetivo certo, porque toda obra que vejo dele me deixa genuinamente feliz. >>pra mim<<, tem um quê de misturar tradicional e pop de um jeito muito gostoso. sl gosto mt.
conta que só posta tecnologias velhas. imagino que tenha gente que siga pela nostalgia, mas o que curto mesmo é parar e Olhar pros objetos. desde que comecei meu mestrado, penso muito nas escolhas estéticas dos objetos técnicos (simondon) tecnológicos e como eles refletem brigas ideológicas que estavam acontecendo em suas épocas. um dia com certeza vou vir aqui falar mais sobre isso. por enquanto, só posto esse link.
também fica aqui um salve pro meu amigo cauê que é motion designer e tem feito um trabalho mt foda com lixo eletrônico. já faz alguns anos que o caco tem desenvolvido acessórios a partir de peças descartadas de computadores, celulares e afins, e esse ano ele fez broches, brincos, colares e óculos pro desfile de estreia da Forca Studio. é um trampo mt maneiro e que me enche de orgulho por ele. aqui estou eu vestindo uma das primeiras peças que ele fez quando fomos num rolê de tarô e vinho.
tem um quê de quem veio primeiro: o ovo ou a galinha?. desde que li beleza e tristeza, do kawabata, tenho olhado mais pra arte japonesa. não sei se foi algo que comecei a reparar mais porque li o livro ou se começou a chegar mais pra mim porque os algoritmos das plataformas que uso detectaram meu interesse pelo assunto. provavelmente, são as duas coisas ao mesmo tempo. sei lá. só sei que numa das minhas rodadas pelo DESCUBRA do instagram de fato descobri algo maneiro, o yukio-é. passei a seguir e sempre paro pra Observar as obras que são postadas, porque curto muito a composição das imagens principalmente pensando o traço, a padronagem a distribuição dos elementos. não é incrível as coisas que fazíamos 200 anos atrás?!
apesar de eu ser ideologicamente contra ler no instagram, a ruralisolationshortie me testa com seus posts. conversando com ela uma vez, descobri que ela considera o que faz no instagram um trabalho de arte, o que faz bastante sentido porque ela tem um trabalho formal das imagens, texto e, de certa forma, da plataforma (também podemos falar mais sobre isso outro dia). na minha leitura, as obras que ela compartilha nessa conta são intrinsicamente relacionadas ao momento atual do mundo digital. eu queria demais falar mais sobre o assunto, mas daí teria que explicar muita coisa do livro da giselle beiguelman e de um artigo da minha orientadora, então vou deixar pra outro dia. afinal, isso aqui é só um melhores do ano. MAS registro aqui que, na minha visão, só podemos ter um trabalho como o dela porque tivemos antes uma geração de artistas no tumblr que decidiram discutir abertamente feminismo e internet em suas obras, e que foram otimistas demais ao tratar de ambos os assuntos (o que não coincidentemente é a minha pesquisa de mestrado!).
Palavras bloqueadas no Twitter
esse ano, descobri que tem um máximo de termos que dá pra bloquear no tuíter. eu gostaria de bloquear o dicionário inteiro, mas aqui estão os melhores termos a silenciar para sempre.
literalmente qualquer coisa sobre o BBB
a pior coisa que já aconteceu na minha vida foi esse programa existir. eu não quero saber de nada eu não ligo pra nada eu quero que todo mundo cale a boca. mas ninguém cala a boca. então eu os silencio.
YA
praga
racismo, racista e outras variações
o mesmo vale para todas as outras opressões e violências sistêmicas. transfobia, homofobia, afobia, estupro, machismo, assédio, capacitismo etc.
esse aqui é um pouco polêmico, mas veja bem: o mundo é ruim. pessoas violentam umas às outras e se utilizam do poder social sistêmico que têm de maneiras horríveis. eu sei disso, você sabe disso, a gente não precisa comentar caso a caso a qualquer momento. eu não preciso ficar exposta a um caso de opressão que vai me deixar mal pelo resto da semana só porque eu tinha 10 minutos pra matar antes da consulta médica. leio notícia no lugar de notícia. tuíter é lugar de falar bobagem.
meus amigos virtuais luke e ryan cunharam o termo dissonância estrutural pra tratar dessa questão, e que pode ser resumida nessa bizarrice que é ver uma porrada de coisa nada a ver com nada no mesmo lugar virtual. tipo abrir o tuíter e ver gente fazendo trocadilho bobo logo em seguida gente falando de assassinato e daí uma foto de uma gostosa daí uma piada sobre ter depressão daí vídeo de guerra daí um coelhinho fofo etc. isso tava me deixando bem doida então resolvi simplesmente deixar meu tuíter livre de casos de opressões.
eu simplesmente não preciso saber.
jk rowling e outras variações
plmdds sabe tenho mais o que fazer 2022 bicho parte pra outra leiam outros livros eu sei lá.
segue o fio
pfvr não me eduque
Gente descompensada que o internauta adota
todo internauta é descompensado. e descompensado gosta de descompensado. eu até colocaria o toguro em terceiro lugar, mas ele perdeu a linha quando se aproximou dos bolsonaro.
André Janones
um homem tão louco que pediu a criação de um ministério pra saúde mental.
Richarlison, ou Pombo
a copa é sempre um momento muito único no mundo, um portal de alegria e loucura que só acontece de 4 em 4 anos. esse ano, pra ser honesta, tava deixando a desejar. tá, ok, a tapioca homofóbica, o gostoso da coréia do sul, o messi sendo o messi, o técnico tiddies. tudo muito bacana, mas nada genial, nada marcante. até que aconteceu. richarlison. o homem mais abublé que poderíamos encontrar. não só marcou uns gol lindo como mais importante de tudo: com a derrota, ele perdeu também o último neurônio que restava no cérebro, fazendo a tatuagem mais insana que existe. e olha que meu ex-vizinho tatuou o cogumelo de 1-up do mario bros na bunda. unbreak my heart, pombo.
é, meu povo internauta, esse ano ficamos por aqui. quais foram suas coisas preferidas desse ano? compartilhe seu conhecimento com a comunidade! coisas boas, coisas ruins, o pior take que vocês leram no tuíter esse ano, todes queremos saber!
e assim nos despedimos esse ano! ano que vem pensaremos pensamentos e gargalharemos gargalhadas. governo lula, alckimin vice, elon musk destruindo um pouquinho mais o tuíter, seokjin no exército, os swifties manifestando 1989 TV e o brasil feliz de novo!
boas festas pra quem é de festa! quem não é de festa, melhore!!
Os Melhores de 2022
prevejo que essa newsletter vai ser uma das favoritassss. já tô ansiosa pra ler o que mais vai sair da cabeça da senhorita "meu nome não é o mesmo nome do bolinho"!!!!
Gente, melhor lista de todas 🖤